quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Economia, Liberalismo, e outras coisas.

Prémio Nobel em Economia, Professor Stiglitz, antigo presidente do concelho de conselheiros económicos da Casa Branca, afirmou em entrevista ao The Daily Telegraph que a Grã-Bretanha devia deixar os bancos incorrer as perdas das suas operações no estrangeiro com os famosos derivados ou activos tóxicos e recomeçar de novo com o subconjunto dos bancos saudáveis que sobrevivam à lei da evolução do mais apto.

A ideia não é nova: deixem os que não têm solvência abrir falência. A Mão Invísivel do mercado não é uma metáfora tão bela quando se pensa nela a esganar a garganta dos banqueiros irresponsáveis? É que não vale a pena injectar mais dinheiro para a sobrevivência das organizações quando se sabe que são esbanjados em bónus para os mesmos executivos que não souberam gerir os riscos que lhes caíram agora em cima.

Porque é que o capitalismo selvagem só serve para crescer e alavancar valores virtuais, e quando a coisa desce ao real e se transforma o risco em perda efectiva, se ataca no bolso do contribuinte? Socialismo na perda, capitalismo no ganho? Assim não...

A notícia é oportuna agora que na UE se preparam recomendações aos países membros para a criação de bad banks públicos que assimilem os produtos derivados tóxicos em circulação, assumindo os contribuintes o risco dos mesmos.

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