quarta-feira, 30 de julho de 2008

Conversa de Rua #2 - A Bomba de Vermelho

Z - Não é dele.

D - Sim, não tem aspecto que seja.

Z - Viste-lhe bem as ancas? E que belo roncar que tinha.

D - Vi bem vi... Definitivamente é de aluguer.

Z - Mas estranho que o gajo não esteja a olhar para todo o lado, armado em bom.

D - Pode querer fazer parecer que é dele... mas é complicado.

Z - Pois. Mas quem aluga um Ferrari é aproveitar todos os minutos.... São uns 50 contos à hora.

D - Isso dá quê? 500 contos um dia?

Z - Mais coisa menos coisa sim. Se fores a ver é mais ou menos como uma acompanhante de luxo.

D - Mais ou menos... Mas o carro não faz essas coisas que estás a pensar.

Z - Oh está bem... mas a p$#* também não ronca assim!

D - Lá isso...

esta história, em modo dramático :P

terça-feira, 29 de julho de 2008

Empreender

Já sei. Já sabia há uns meses. Mas a falta sublinha a certeza. Quero o que sempre quis: fazer algo meu. O homem da ideia que aposta e que, contra as hipóteses, as convenções e o cepticismo, consegue vingar (ou ... lixa-se).

Já sei o que quero fazer: empreender. Resta o quando e os detalhes, coisa que nesta indústria time won't tell.




Antes do próximo passo, há que recapitular as lições da aventura que foi fazer algo meu num ambiente controlado. Foi de longe o projecto em que me deu mais gozo trabalhar nos últimos 5 anos.


#1 . Liderança Partilhada
O que há para jantar? Sangria e planos da pólvora :-)

A direcção tinha uma estrutura tão minimalista que havia espaço para um acto contínuo importante: a discussão estratégica sobre os meios, os objectivos, e o spin. Validadas em equipa, as ideias ganham em credibilidade e as decisões em certeza.

O avaliar e re-avaliar constante do caminho crítico, a capacidade de planear testada no momento, os planos ao lixo, a contínua iteração estratégica.

Foi assim o arrancar deste empreendimento, como o planar de uma avioneta a dois motores. Sempre que um dos motores se ia abaixo, o outro fazia a compensação devida. Mais que uma vez foram precisos os dois em rotação máxima para não cair.


#2 . Enjoy
Se o trabalho é diversão, é quase injusto chamar-lhe trabalho.

Como já disse, nada me trouxe tanto gozo nos últimos tempos a nível profissional. Também nada me deixou tão à beira de um ataque de nervos, tão frustrado, e tão zangado. Este estado de paixão e dedicação não me parece trivial de alcançar sem algo de muito pessoal investido no sucesso do projecto.

Quando se dá o nosso tempo, se põe em linha a própria reputação, é criada expectativa, e a dedicação é total, a falha torna-se inaceitável, impensável, e a sua consequência imensurável.


#3 . Danos Colaterais

A parte menos boa é o lado solitário da caminhada. É também a lição mais importante e mais grave. Criámos um espaço de escape na direcção, em que sabiamos que podíamos nos atacar mutuamente, criticar, exprimir, descomprimir, explodir. Era um espaço controlado, não era real.

Nunca estive só, mas alienei algumas pessoas importantes que têm o direito de se ter sentido de parte. Mais que isto, houve momentos de stress prolongado em que a obsessão pelo projecto me tornou de tal modo irritável que, por duas vezes, explodi fora do espaço controlado. Sei que magoei pessoas que mereciam melhor.


#4 . A Perfeição é Sobrevalorizada

Esperar pelos momentos perfeitos, pelo refinamento ad-nauseum do produto, pela perfeição de todas as variáveis, é esperar para sempre. Produzir algo imperfeito mas capaz foi mais que suficiente para conquistar os objectivos.



Já sei o que quero a médio longo prazo. Agora é preciso tempo.

X

X-Man: Quer xis-queique de morango ou bolo de laranja com xucláte?

R: Já não tem mouche de ananáche? Então podia ser o xis-queique e um excafeínado por favor.


Qual não foi a minha decepção quando constatei que a forma do cheesecake não era efectivamente em 'Xis' como me tinha sido sugerido. De notar também que um 'xis-queique' como deve ser, além de ser em forma de X não deveria ser de morango mas, claro está, de frutos xilvesteres...


Ainda vi uns profiteroles a voar direitinho a uma das primeiras mesas. Como o x-man pronunciaria o nome desse doce permanecerá um mistério até à próxima visita ao 'Expaxus'.


PS: Parabéns ;)

Conversa de Rua #1 - Bairro

Diz quem sabe, que toda a publicidade possível é desejável...


Eu - A avaliar pelo último post no teu blogue já dominas a lingua de "nuestros hermanos" hum?

Ele - Yah yah.

Eu - Fixe man :)

Ela - Ah eu acho que também leio o teu blogue!

Ele - Ai sim?

Ela - É o Castelo da Escócia não é?

Eu - Não... esse é o meu. :-)


Então e quando um acidente de marketing afecta o branding? Em caso de dúvida vale a máxima de que mais vale que falem em engano do que não falem de todo.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ta Da! Magic!

some men just want to watch the world burn

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Postura

Ele até pode ser flip-flopper e só mais um político, pode ir fazer guerra na mesma (ainda que não durante 100 anos) como Bush e McSame, pode estar a jogar o sistema e a contar os votos do centro e a afastar-se da base liberal e de alguns democratas, a piscar o olho ao voto bipartidário e ao voto independente, e certamente pactuou com uma "segurança" orwelliana apresentada pelo Foreign Intelligence Surveillance Act.

Foi retratado pela campanha de McCan't como um inexperiente, incapaz em assuntos internacionais e na perseguição de terroristas e nas lides da guerra. Mas a uma outra luz, a da foto abaixo, é nos revelada a imagem ímpar de um Barack decido e apto. A postura de um líder, que bebe do General Petraeus os factos sobre o teatro de operações de guerra em solo iraquiano.


Aqui há algo. Gravitas. Postura de liderança. Atitude de verdadeiro Commander-in-Chief, apresenta-se com um sui generis ar de mau mas não de malandro ou, como por cá se usa, dizem que "faz e acontece". Não precisou de anos de prisão de guerra na Coreia, bastou-lhe um momento oportuno de luz bem captado.

Toda esta austeridade aflige um pouco, bem presente que está na memória a pitoresca eleição do Melhor Português de Sempre, mas não é caso para alarme. Trata-se apenas de mais uma faceta de um homem que já se mostrou também inspirador e carismático. E por entre posições e contradições, quanto mais faces e facetas, opiniões e imitações, palavras e comparações, mais grupos de votantes se vão angariando na onda da Obamania.