quarta-feira, 23 de julho de 2008

Postura

Ele até pode ser flip-flopper e só mais um político, pode ir fazer guerra na mesma (ainda que não durante 100 anos) como Bush e McSame, pode estar a jogar o sistema e a contar os votos do centro e a afastar-se da base liberal e de alguns democratas, a piscar o olho ao voto bipartidário e ao voto independente, e certamente pactuou com uma "segurança" orwelliana apresentada pelo Foreign Intelligence Surveillance Act.

Foi retratado pela campanha de McCan't como um inexperiente, incapaz em assuntos internacionais e na perseguição de terroristas e nas lides da guerra. Mas a uma outra luz, a da foto abaixo, é nos revelada a imagem ímpar de um Barack decido e apto. A postura de um líder, que bebe do General Petraeus os factos sobre o teatro de operações de guerra em solo iraquiano.


Aqui há algo. Gravitas. Postura de liderança. Atitude de verdadeiro Commander-in-Chief, apresenta-se com um sui generis ar de mau mas não de malandro ou, como por cá se usa, dizem que "faz e acontece". Não precisou de anos de prisão de guerra na Coreia, bastou-lhe um momento oportuno de luz bem captado.

Toda esta austeridade aflige um pouco, bem presente que está na memória a pitoresca eleição do Melhor Português de Sempre, mas não é caso para alarme. Trata-se apenas de mais uma faceta de um homem que já se mostrou também inspirador e carismático. E por entre posições e contradições, quanto mais faces e facetas, opiniões e imitações, palavras e comparações, mais grupos de votantes se vão angariando na onda da Obamania.

1 comentário:

Sophia disse...

Muito bem, de volta aos posts!
É verdade, muitas são as facetas que Obama tem vindo a mostrar, mas, o que julgo ser relevante sublinhar de todo este percurso é que, do somatório de tudo isto, salta-me à vista uma importante faceta/característica de Obama: este senhor é um grande estratega. Não se esqueçam disso! É bem provável que voltemos a este ponto no futuro.